quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Lidando com o luto

Elaborar o luto é viver os sentimentos tais como eles são
“A morte como perda nos fala, em primeiro lugar, de um vínculo que se rompe de forma irreversível, sobretudo quando ocorre perda real e concreta. Nesta representação de morte estão envolvidas duas pessoas: uma que é ‘perdida’ e a outra que lamenta esta falta, um pedaço de si que se foi. O outro é em parte internalizado nas memórias e lembranças. A morte como perda evoca sentimentos fortes, pode ser então chamada de ‘morte sentimento’ e é vivida por todos nós. É impossível um ser humano que nunca tenha vivido uma perda. Ela é vivida conscientemente, por isso é, muitas vezes, mais temida do que a própria morte. Como esta última não pode ser vivida concretamente, a única morte é a perda, quer concreta, quer simbólica” (KOVACS, 1992).
É interessante avaliar o medo da morte como algo cultural, construído na forma como fomos criados, pois tocamos naquilo que é desconhecido, que um dia viveremos, mas não sabemos quando nem como. Falo de tudo isto, pois saber lidar com a morte é, na verdade, saber lidar com perdas diárias, mesmo que pequenas.
Estes sentimentos são similares, porque se perde o envolvimento afetivo e todas as conquistas que podem ser obtidas por meio daquele vínculo que se perdeu, como, por exemplo, o carinho, uma posição de destaque, o reconhecimento, a proximidade, a troca e tantos outros sentimentos e situações que deixam de ocorrer com a perda.
Elaborar o luto é viver os sentimentos tais como eles são: com choro, com reservas, com necessidade de falar; lidar com a raiva, o desapontamento e todas as formas com as quais a pessoa consiga manifestar, a seu tempo, tudo aquilo que sente. Pessoas de confiança e proximidade são muito importantes neste tempo, mas devem deixar que a pessoa também se manifeste. Frases como: “não chore, não seja fraco, ele não gostaria de te ver chorando” nem sempre ajudam, uma vez que a forma de manifestar a dor, em cada um de nós, é diferente. Como percebemos, viver o luto é um processo que, passo a passo, vai sendo superado. Em datas comemorativas – aniversário, Natal, Dia dos Pais, dentre outras, a pessoa será lembrada e os sentimentos em cada fase serão os mais variados. Apenas quando os sintomas negativos forem persistentes e duradouros demais, podemos pensar que a superação desta perda e suas etapas não foram bem vividas, tanto no mundo externo quanto interno da pessoa.
Se esses sintomas forem fortemente repetitivos, quando se aproximam essas datas este é um forte sinal de que a pessoa não está vivendo corretamente as etapas necessárias para a sua superação, tanto em seu mundo externo, quanto, principalmente, em seu mundo interno.
Em tudo, lembramos ainda que o conforto espiritual é muito importante e até mesmo diferencial em todas as situações que vivemos, especialmente no luto, pois a fé também é o alimento que nos sustenta nesta caminhada sem aquela pessoa que tanto amamos e de quem tanto sentimos falta. Sentir e vivenciar este processo doloroso é essencial para este momento de superação, ou seja, lembrar o que foi bom, perdoar as mágoas, não se culpar por aquilo que eventualmente não tenha feito pela pessoa que se foi e acima de tudo, viver esta dor partilhando com alguém, sem medo de chorar e colocar para fora o que sente e, desta forma, podendo superar esta etapa de vida.

Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com
Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova.

“Sob o olhar materno da Senhora Aparecida, Padroeira do nosso Brasil, creio ser muito oportuno convidá-los para uma atenta reflexão…”

Publicado por: Thiago Maia


Sob o olhar materno da Senhora Aparecida, Padroeira do nosso Brasil, creio ser muito oportuno convidá-los para uma atenta reflexão, neste mês de outubro, mês do Rosário, conforme nossa tradição católica, e à luz dos Mistérios do Senhor Jesus, sobre a fundamental dimensão missionária que caracteriza a Igreja Católica.
Acostumamo-nos, no passado, a considerar “missão” um assunto fora do nosso espaço local, algo a ver com situações de outros países, como África, Ásia, etc. Esta posição bastante cômoda, dispensava-nos de olhar a nossa própria realidade como Igreja de Cristo, já que, para nós, ela estava bem implantada em nosso país.
Fatores múltiplos inerentes ao processo de desenvolvimento sócio-econômico-cultural irromperam rapidamente, nos últimos tempos, especialmente após o Concílio Vaticano II despertando-nos para a urgente dimensão missionária do nosso ser.
Na conferência de Aparecida, em maio de 2007, o Santo Padre Bento XVI confirmou, com sua bênção, as intuições muito fortes resultantes dos trabalhos da Conferência. Assim, lemos com fé e muita emoção, estas palavras da Introdução ao Documento de Aparecida: “A igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela não pode fechar-se frente àqueles que só vêem confusão, perigos e ameaças ou àqueles que pretendem cobrir a variedade e complexidade das situações com uma capa de ideologias gastas ou de agressões irresponsáveis. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários. Isto não depende tanto de grandes programas e estruturas, mas de homens e mulheres novos que encarnem essa tradição e novidade, como discípulos de Jesus Cristo e missionários de seu Reino, protagonistas de uma vida nova para uma América Latina que deseja reconhecer-se com a luz e a força do Espírito.” (DA. Intr.n.11)
Neste mês das missões, cala profundamente em nosso coração a interpelação que nos dirige o Senhor Jesus através deste trecho da introdução ao Documento de Aparecida. Não somos apenas convidados a uma revisão do nosso agir evangelizador, mas somos instados energicamente, pelo Senhor Jesus, a examinar nossa vida cristã, para ver se de fato já somos “estes homens e mulheres novos” de que fala o texto citado, e se realmente sinalizamos no nosso modo de ser e de agir, como católicos, a radical experiência do encontro pessoal e comunitário com o Senhor Jesus. O ardor missionário não pode germinar em um coração frio, que se contenta com uma religiosidade superficial, até mesmo sincrética, na condução de sua vida cotidiana.
Somente um coração “novo”, abrasado de amor e de paixão por Jesus Cristo é capaz de derrubar as muralhas de seu pequeno mundo pessoal ou familiar, para abraçar a Obra da conquista de tantos e tantas para o caminho do Reino de Amor, de Justiça e de Paz!
Somente um coração apaixonado pelo Senhor, fruto de uma experiência marcante da Pessoa Divina deste mesmo Senhor, pode atirar se à luta pela conquista da nossa Juventude para Cristo, assim como maravilhosamente fez Bento XVI indo ao encontro da Juventude Mundial em Madri, para falar-lhes, com coração de Pai e amigo, sobre Jesus Cristo e seu amor divino por todos nós.
A própria celebração do Dia Nacional da Juventude – DNJ, no final deste mês, deverá ser um momento de forte experiência deste encontro com Jesus Cristo, com a corajosa proposta, feita com ardor missionário, aos nossos jovens, de um novo modo de ser e de construir a sociedade e a Mundo a partir dos valores do Evangelho.
Cabe a nós, pastores, em nossa Arquidiocese, a responsabilidade bem grande de testemunhar uma vida de homens “embriagados” pelo Amor de Jesus Cristo, que tudo deixaram para se consagrar inteiramente a Ele e capazes, por isso mesmo, de todo e qualquer sacrifício para que Ele seja acolhido em todos os corações, especialmente nos corações de nossos jovens e no seio de nossas famílias.
Que a intercessão materna da Santíssima Virgem do Rosário nos ajude a sermos cada vez mais autênticos discípulos missionários do Senhor Jesus, na sua Igreja.

+ Dom Fr. Alano Maria Pena OP
Arcebispo Metropolitano de Niterói

terça-feira, 1 de novembro de 2011

missa dos 50 anos de Dom Alano Oficial

A Palavra meditada hoje está no Salmo 6


"No momento que tropeçamos e caímos num pecado, o coração de Deus se enche de misericórdia e compaixão, porque quer nos levantar", nos consola Márcio"

Foto: Wesley Almeida
 
Esta passagem bíblica recai sobre os nossos corações para nos dizer que se cairmos não devemos perder a paz do nosso coração. Não devemos perder a confiança no Senhor, porque Ele quer nos manter perto para nos fazer homem e mulher fortes.
Cada queda que evitamos diminui os males sobre nós. A vontade de Deus é que fiquemos firmes, pois Ele não nos abandona quando caímos. É quando lutamos para evitar a queda que mais precisamos de Deus.
No momento que tropeçamos e caímos num pecado, o coração do Senhor se enche de misericórdia e compaixão, porque quer nos levantar. No momento de um erro, fracasso ou de um pecado é quando menos merecemos o amor de Deus, mas é quando mais precisamos ser amados por Ele. Então, não podemos desanimar e perder a confiança, mas nos voltar ao Pai pela oração e fazer do Salmo 6 as nossas palavras de oração.
A ira e a indignação de Deus nascem de certos pecados que cometemos, portanto, não recaem sobre nós, mas sobre nossos pecados. O Senhor quer destituir o mal da nossa vida, mas nunca nos destruir junto com esse mal.
Muitas vezes, deixamos o Senhor muito nervoso pelos pecados ou más atitudes que cometemos, mas Sua ira não se volta contra nós. Assim como um pai que quer afastar o filho das más companhias, das drogas, de algo que está lhe fazendo mal, assim Deus quer fazer conosco para nos afastar de todo mal que recai sobre nós e nos prejudica.
O Pai se ira com os males que nos prejudicam e entram em nosso coração por meio das decisões e atitudes que tomamos. Mas Ele é paciente conosco, nos compreende e têm compaixão de nós. Deus espera por nós.
Meu irmão, se você cair novamente, levante-se, pois o mais importante é o ato de você se levantar. É preciso que você se levante agora e não queira ficar nessa situação. Deus vai lhe dar toda a proteção e todo o amor. Com o amor, do Senhor você se restabelece para levantar. Então, queira se levantar e se despedir de tudo o que é ruim.
Deus é paciente e sempre nos dá uma nova chance. Nós podemos ter dificuldade de nos dar uma nova chance, mas, a cada dia, Ele as renova e nos dá uma oportunidade inteiramente nova para fazer tudo diferente.
O pecado elimina a nossa confiança em Deus e nos faz esvaziar de Sua graça, que é tão abundante em nossa vida. Quando deixamos o mal nos atingir é o momento que mais precisamos clamar a Deus e nos voltar a Ele em oração, porque Ele é nosso refugio e socorro.
Devemos romper com o pecado e deixar todo o resto nas mãos de Deus.

Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova
Transcrição e adaptação: Rita Bueno

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Preciso de uma vaga!!!

Bom dia!
Olá, meu amigo, não tive outro jeito, peço desculpas antecipadas por te incomodar, mas é urgente.
Tenho um amigo que veio de muito longe e precisa ficar em algum lugar.
Sendo assim , indiquei sua casa . Ele vai te procurar.
Te peço que o receba, trate-o bem e, se possível, o ame. O nome dele é....

Jesus Cristo
 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Formação

Por que há pouca participação de fiéis nas igrejas?
As ausências na igreja podem provir de motivos circunstanciais

É fato conhecido que a frequência de fiéis aos atos litúrgicos dominicais se apresenta de maneira muito diferenciada de um lugar para outro. Há aquelas regiões onde as igrejas estão sempre cheias aos domingos. Por isso elas têm mais facilidade para manter os trabalhos pastorais, ter boa catequese, erigir belas igrejas, despertar muitas vocações sacerdotais. "Uma só coisa peço ao Senhor: habitar em sua casa por toda a minha vida" (Sl 27,4).
Já em outras regiões, há muitas atividades civis no Dia do Senhor, mas, nas igrejas, só aparecem uns "gatos pingados". Nelas, há muita dificuldade em cumprir qualquer plano pastoral, os templos são desleixados, não há catequese e, no seu horizonte, não desponta nenhuma vocação sacerdotal nem líder religioso. Sempre fui curioso para descobrir por que algumas pessoas, apesar de serem convictamente católicas, raramente frequentam a igreja. "Vou propor-vos um enigma" (Jz 14,12).
As 4 razões poderiam ser estas, acrescidas de melhores explicações por parte de quem enxerga mais longe.
1 – As ausências à igreja poderiam provir de motivos circunstanciais, como estado de saúde precária, grave cansaço, distância, perigos de vida;
2 – Os serviçais da Liturgia são dirigidos por pessoas muito difíceis de lidar, o padre é muito temperamental, não existe esforço por parte de ninguém para melhorar o canto ou não há criatividade; só se percebe mesmice sem entusiasmo;
3 - Percebe-se uma solerte influência inibidora de religiões que não buscam a oração comum. Sua tradição está distante da vida comunitária. Os espiritualistas promovem atos de caridade – o que é louvável –, mas não estimulam seus membros a se reunir e prestar culto a Deus. Eles não ensinam isso aos católicos, mas essa mentalidade passa, "por osmose", onde sua presença é muito forte;
4 – O último motivo chega até a ser polêmico, mas muito real. Algumas pessoas não têm vida ilibada, podem ser mentirosos, injustos, devassos, infiéis no casamento, promotores de discórdia ou falhos na sua fé.
Tudo isso numa graduação diversificada. Tais pessoas não se sentem à vontade entre cristãos que querem praticar justamente o contrário. Ficar longe de tal comunidade é a tendência mais normal. "Os injustos não permanecem de pé junto da assembléia dos justos" (Sl 1,5). Você concorda? Ou podem existir mais razões?

D. Aloísio Roque Oppermann scj
domroqueopp@terra.com.br

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Esta me foi enviada por Orlando Valongo via email

Nunca esqueça, nada acontece por acaso!!

Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:
- Pai, tô com fome!!!
O pai, Agenor , sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência....
- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu tô com muita fome, pai!!!
Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente.....
Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:
- Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!!!
Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho...
Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife e ovo...
Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua...
Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá......
Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada...
A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades...
Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:
- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?!
Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer...
Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho...
Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas...
Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório...
Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de
pequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada...
Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias...
Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho...
Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso...
Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores...
No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho...
Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando...
Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele
chamava-o para ajudar aquela pessoa...
E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres...
Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar...
Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta...
Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula.....
Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros , advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro...
Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante em seu primeiro terno...
Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço...
Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho , o agora nutricionista Ricardo Baptista....
Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um...
Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido...
Ricardinho , o filho mandou gravar na frente da 'Casa do Caminho', que seu pai fundou com tanto carinho:
'Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço.. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma.. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!!!'
(História verídica)
Se acharem que vale a pena repassem, pois nunca é tarde para começar e sempre é cedo para parar!!!
Que Deus te abençoe poderosamente lhe concedendo o dom da fé e da caridade.. Fazer obras de caridade não nos garante a salvação, isso é nossa obrigação como cristãos.

TODA HONRA, TODA GLÓRIA E TODO O LOUVOR PERTENCEM A DEUS. AMÉM

domingo, 23 de outubro de 2011

FORMAÇÃO

Perdão, coisa de gente inteligente
O portador do ódio é sempre o mais prejudicado

Uma de nossas reações mais comuns diante do sofrimento é a busca de justificativas e de culpados para tais situações. Não é fácil lidar com a dor, mais difícil ainda é enfrentar perdas e injustiças. Qual o pai que, ao perder seu filho em um assassinato, não ficará revoltado? A dor humana é compreensível e não pode ser pormenorizada, porém, precisamos aprender a trabalhá-la em nós.


Diante da injustiça, a mágoa e a revolta são consequências reais, contudo, a história nos revela que tais realidades são apenas consequências da dor e não um remédio para ela.

A violência sempre gerará mais violência, desencadeando assim um gradativo processo de disseminação do ódio, o qual, por sua vez, nunca encontrará o seu fim.

Mas como finalizar esses processos inaugurados pelo ódio? Para a violência se ausentar faz-se necessário a consciência de que um dos lados precisará ceder, perdoando.

Somos muito orgulhosos, em consequência do pecado original enraizado em nós e, por vezes, contemplamos as situações somente a partir do ângulo de nossas próprias razões. Nunca queremos dar o “braço a torcer” e queremos sempre ter a razão nas situações. E, muitas vezes, até a [razão] possuímos mesmo, contudo, “amar significa perder para ganhar” e perdoar é abrir mão da própria razão por uma realidade mais nobre.

Por mais injustiça que tenhamos experienciado, a atitude mais racional diante dessa realidade é o perdão. Por quê? Porque a mágoa nos torna pequenos e empobrecidos demais, além de ser a raiz de inúmeras enfermidades (segundo muitas comprovações científicas). O portador do ódio é sempre o mais prejudicado. Quando estamos magoados pensamos na pessoa que nos causou a dor durante as 24 horas do dia e acabamos por “aprisioná-la” dentro de nós.

Aquele que alimenta o ódio enxerga apenas a si mesmo e o seu sofrimento, fragmentando assim a própria existência e deixando de lado outras realidades essenciais. Quem vive magoado não tem qualidade de vida, não tem paz…

Perdoar é extinguir a trama de angústias que o ódio produz em nós, é libertar-se para descobrir a beleza até mesmo na desventura.

Sei que, em determinadas situações, o perdão não é coisa fácil, porém, perdoar é uma questão de decisão e não de sentimento. A graça de Deus não nos desampara, ela está sempre pronta a auxiliar aqueles que desejam verdadeiramente viver a reconciliação.

Não percamos mais tempo: libertemo-nos de toda mágoa! Existe muita vida para se viver e ainda muita alegria/realização para se conquistar.

Coragem!

Padre Adriano Zandoná


Adriano Zandoná é padre e missionário da Comunidade Canção Nova. Formado em Filosofia e Teologia, é articulista e apresenta o programa “Em sintonia com meu Deus” de segunda a sábado – 6h15min – pela TV Canção Nova.

http://twitter.com/peadrianozcn

http://blog.cancaonova.com/padreadrianozandona

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Padre Reginaldo Manzotti - Jornal o dia - 16 de Outubro de 2011

Confissão e Caridade para Superar o Pecado do Aborto

             Pergunta da semana: " Padre, interrompi uma gravidez já faz algum tempo e, hoje, quando alguma situação dificil ocorre na minha vida, atribuo ao fato de ter cometido esse pecado. fico o tempo todo imaginando que se não tivesse interompido a gravidez, não estaria passando por determinado problema. Creio que estou sendo castigada o tempo inteiro e peço sua orientação, pois vivo atormentada por esse pensamento. Gostaria de manter-me anonima. Obrigada."

             Eu a acolho sem julga-la, pois Deus não me constituiu juiz de ninquem. Tambem não vou comentar sobre o trauma do aborto, pois voce tem consciencia disso. Mas não posso deixar de observar: houve um erro. O que voce precisa fazer é reestruturar-se por meio do perdão. Deus, infinitamente misericordioso, diante de seu arrependimento sincero, perdoa. Mas consequencias precisam ser trabalhadas. O Aborto pode não deixar marcas no corpo, mas sempre deixa no espirito, tira a paz.
             Se voce ainda não procurou um Sacerdote, procure e faça sua confissão. Para a Igreja Católica, a confissão é Sacramento de cura, instituido por Jesus Cristo. Sob a luz e o impulso do Espirito Santo, comece seu processo de cura pela confissão. O pecado afasta-nos de nosso verdadeiro lugar, o coração de Deus, e a confissão nos traz de volta ao coração misericordioso do Pai. Quando temos a coragem de pedir perdão, abrindo o coração a um confessor, experimentamos a misericordia de Deus, e a graça santificante faz brotar em nós a paz. Depois, dedique-se a caridade. Não me refiro só a doar cestas basicas, mas tambem reservar um tempo para atuar em obra com crianças carentes. Voce pode procurar trabalho voluntario numa creche, em alguma instituição para crianças ou, ainda, na pediatria de hospitais. O importante é que envolva o cuidado de crianças. Lembre-se:"A caridade cobre uma multidão de pecados" (1Pd 4,8).
             Devemos entender que as dificuldades e os sofrimentos não são castigos enviados por Deus, mas Ele pode aproveitar-se deles para nos corrigir, sim, como um Pai zeloso que só quer o nosso bem, porque nos ama, como ensina a Carta aos Hebreus:" Já esquecestes as palavras de encorajamento que vos foram dirigidas como a filhos: " Meu filho, não desprezes a educação do Senhor, não te desanimes quando Ele te repreende, pois o Senhor corrige a quem ama e castiga a quem aceita como Filho". É para a vossa educação que sofreis, e é como filhos que Deus vos trata. Pois qual é o filho a quem o Pai não corrige? No momento mesmo, nenhuma correção parece alegrar, mas causa dor. Depois, porem, produz um fruto de paz e de justiça para aqueles que nela foram exercitados" ( Hb 12, 5-7.11). Sempre nos deparamos com tribulações, mas tudo depende de como as enfrentamos e o proveito que tiramos, nos momentos ruins. Sempre é possivel aprender algo que nos edifica e nos faz amadurecer.
             Houve um erro grave, porém a solução nao é deixar o remorso tomar conta de sua existencia. Sempre é tempo de recomeçar. Deus a aceita como está para fazer de sua vida uma obra nova. Ele refaz " Toda pessoa e a pessoa toda". Siga fazendo o bem. Com Deus e em Deus, voce conseguira a paz interior.

Que Deus a Abençõe

sábado, 23 de julho de 2011

Artigo - Nota da CNBB em defesa da Lei Maria da Penha

“Deus os criou homem e mulher” (Gn1,27).


Nós, Bispos do Conselho Episcopal de Pastoral, reunidos em Brasília, nos dias 21 e 22 de março de 2011, manifestamos apoio à mobilização nacional em defesa da Lei Maria da Penha, sancionada pelo Presidente da República no dia 07 de agosto de 2006. Após cinco anos de vigência, a lei recebeu grande apoio da sociedade e merece ampliar seu alcance, assegurando todos os mecanismos e instrumentos nela previstos de modo que todas as mulheres vítimas de violência tenham seus direitos e sua cidadania garantidos.

A Lei representa uma grande conquista para as mulheres brasileiras, pois incorporou o avanço legislativo internacional e se transformou no principal instrumento legal no enfrentamento da violência doméstica contra a mulher no Brasil, inclusive com reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU), como uma das melhores legislações do mundo.

As estatísticas, no entanto, revelam que o país ocupa a 12ª posição no ranking mundial de homicídios femininos (Mapa da violência - 2010, Datasus). No período de 1997 a 2007, 10 mulheres foram assassinadas por dia no Brasil. Isso merece nosso repúdio e indignação.

São, portanto, motivo de preocupação as interpretações restritivas e as tentativas de revisão dos artigos 16 e 41 da lei que diminuem sua eficácia e representam um significativo retrocesso na sua implementação e aplicabilidade. Tais restrições acarretam menor punição aos agressores, aumento do arquivamento dos processos, o desestímulo das mulheres em denunciar e exigir prosseguimento das investigações.

A Lei Maria da Penha é instrumento que levou a sociedade a realizar ações positivas no enfrentamento dos atos de violência contra a mulher. Cabe aos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo cuidar pela sua manutenção tal como aprovada, não permitindo nenhum tipo de retrocesso ou omissão.

A Igreja, comprometida na defesa dos Direitos Humanos, manifesta-se, mais uma vez, a favor do respeito à dignidade da mulher, incentiva os esforços de instituições e da sociedade na luta pela superação de todo e qualquer tipo de violência, possibilitando a construção de uma cultura de paz no ambiente familiar e social.

Brasília-DF, 22 de março de 2011.

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manus
Vice-presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário Geral da CNBB

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Mas que Dia do Amigo é este?



Com a enorme tentação de superficializar quase tudo, hoje é bom lembrar que Nosso Senhor diz que "já não nos chama de servos, mas de amigos" e que a Sagrada Escritura indica que "quem encontrou um amigo possui um tesouro". Listar os verdadeiros amigos, aqueles que a vida nos deu como dom, gente que nos diz a verdade e alimenta quem somos é tarefa obrigatória. É dia de declarar amizade! Assim que puder, contate os amigos pela fé, por Deus, na santidade.

Eu sei...Você não precisará de muito tempo, pois são poucos. Mas basta um só para que o tesouro seja completo!

Feliz Dia do Amigo!

O maior espetáculo da terra

Nossa intercessão abre espaço para que os anjos de Deus possam lutar e vencer no mundo espiritual. Não podemos ser ingênuos. Somos guerreiros, mas nosso campo de batalha é outro. No mundo espiritual, anjos lutam com anjos. Nossa função é interceder firmes e constantes. Somos combatentes na oração. Precisamos entender e assumir nossa missão.

O maior espetáculo da terra será a vinda do Senhor com glória e poder.Os mortos ressuscitarão como Jesus. Em seguida, os que estiverem vivos serão arrebatados ao encontro do Senhor nos ares. Não passarão pela morte, pois num abrir e fechar de olhos terão seus corpos transformados. Por isso tudo, nós, guerreiros, teremos de nos preparar e ajudar os nossos a se prepararem também. Mais do que nunca precisamos buscar a santidade, para que, vivendo santamente, possamos ser fermento de salvação para os nossos irmãos.

Para que os nossos sejam influenciados, precisamos estar num caminho decidido de santidade, não podemos estar no “mais ou menos”. Agindo assim, nada conseguiremos, pelo contrário, colocaremos em risco a própria salvação.

Mesmo nos arrastando na nossa fraqueza devemos caminhar pelo caminho da santidade. Nessa luta [pela santidade], Jesus põe-se ao nosso lado para ser, a nosso favor, o Orante, o Intercessor, o Mediador, aquele que guerreia por nós, o Valente, o Vitorioso por excelência.

Deus te abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 11 de março de 2011

Formação - O caminho da Páscoa do Senhor

A Quaresma, com início na Quarta-feira de Cinzas, é um tempo litúrgico muito importante para a nossa caminhada cristã. Ajuda as pessoas e as comunidades eclesiais a se prepararem dignamente para a celebração da Páscoa do Senhor.
O período quaresmal é tempo sobremaneira apropriado à conversão de vida e à renovação interior. Aliás, não há Quaresma sem conversão.Converter-se é separar-se do mal e voltar-se para o bem. É mudar radicalmente de vida e de critérios. A conversão radical insere-se no coração da vida. Exige gestos concretos de amor e de misericórdia, de partilha fraterna e de justiça. Podemos dizer que o cristão é um convertido em estado de conversão, pois a conversão dura enquanto perdurar nosso peregrinar neste mundo.
Converter-se é procurar viver todos os dias a “vida nova”, da qual Cristo nos revestiu, transformando-nos n'Ele, para fazer um só corpo com Ele e com os irmãos.
Há em nós atitudes que devem morrer. Converter-nos, a cada dia, exige morrer aos poucos, sepultar-nos com Cristo para ressuscitarmos com Ele.
O amor de Deus chama-nos à conversão, a renunciar a tudo o que d'Ele nos afasta. O que mais nos afasta de Deus é o pecado. Pecar é estar no lugar errado, longe da amizade e da graça de Deus.
A conversão quaresmal significa, portanto, crescer na prática das virtudes cristãs. Somos sempre catecúmenos em formação permanente, progredindo no conhecimento e no amor de Cristo.
Ao longo da Quaresma, somos convidados para contemplar o Mistério da Cruz, entrando em comunhão com os sofrimentos de Cristo, tornando-nos semelhantes a Ele na Sua Morte, para alcançarmos a Ressurreição dentre os mortos (cf. Fl 3, 10-11). Isso exige uma transformação profunda pela ação do Espírito Santo, orientando nossa vida segundo a vontade de Deus, libertando-nos de todo egoísmo, superando o instinto de dominação sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo (cf. Bento XVI, Mensagem da Quaresma 2011).
O período quaresmal é ainda tempo favorável para reconhecermos a nossa fragilidade, abeirando-nos do trono da graça, mediante uma purificadora confissão de nossos pecados (cf. Hb 4, 16). Na Igreja “existem a água e as lágrimas: a água do Batismo e as lágrimas da penitência” (Santo Ambrósio). Vale a pena derramar essas lágrimas com uma boa confissão sacramental.
Jesus convida à conversão. Este apelo é parte essencial do anúncio do Reino de Deus: “Convertei-vos e crede na Boa-Nova” (Mc, 1, 15).
O itinerário quaresmal é um convite à prática de exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às privações voluntárias como o jejum e a esmola, à partilha fraterna e às obras de caridade (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1438). É igualmente um tempo forte de escuta mais intensa da Palavra de Deus e de oração mais assídua.
Quanto mais fervorosa for a prática dos exercícios quaresmais, tanto maiores e mais abundantes serão os frutos que colheremos e hauriremos do mistério de nossa redenção.
Também a vivência da Campanha da Fraternidade ajuda a fazermos uma boa preparação para a Páscoa. A CNBB propõe para este ano o tema “Fraternidade e a Vida no Planeta”, e como Lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8, 22).
Maria Santíssima, Mãe do Redentor, guie-nos neste itinerário quaresmal, caminho de conversão ao encontro pessoal com Cristo ressuscitado.
Com o coração voltado para Cristo, vencedor da morte e do pecado, vivamos intensamente o período santo e santificador da Quaresma.
Dom Nelson Westrupp, SCJ
Bispo Diocesano de Santo André (SP)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Papa envia mensagem sobre a Quaresma para Igreja no Brasil


O Papa explica o vínculo particular que liga o sacramento do Batismo à Quaresma, como "momento favorável para experimentar a Graça que salva". 

No Batismo realiza-se o grande mistério "pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado participante da vida nova em Cristo". Este dom deve ser reavivado sempre em cada um de nós, explica o Papa, e a Quaresma nos oferece um caminho ao catecumenato, "uma escola insubstituível de fé e de vida cristã".  

Bento XVI destaca que a Igreja, na liturgia de cada domingo da Quaresma, "guia-nos a um encontro particularmente intenso com o Senhor", no intuito de nos preparmos seriamente para celebrar a Ressurreição do Senhor - na Páscoa - a festa mais importante de todo Ano Litúrgico. 

Este tempo penitencial nos estimula, todos os dias, a libertar nosso coraçao do apego material, que "nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo", explica o Papa na mensagem. 

O Santo Padre destaca ainda que "através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo". 

Por fim, Bento XVI explica que em todo o período quaresmal, a Igreja nos oferece "com particular abundância, a Palavra de Deus", para que sua meditação na vida cotidiana, nos ensine uma "forma preciosa e insubstituível de oração", pois a "escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciamos no dia do Batismo".

O Papa conclui a mensagem convidando os cristãos a renovar nesta Quaresma, o acolhimento da Graça que Deus nos deu no Batismo, "para que ilumine e guie todas as nossas ações". "Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico", complementa. 

quarta-feira, 2 de março de 2011

Papa explica regra da obediência: "tudo por amor, nada por força"


O Papa Bento XVI falou sobre o francês São Francisco de Sales, Bispo e Doutor da Igreja - que viveu entre os séculos XV e XVI, época de discussões teológicas sobre predestinação e fortalecimento do calvinismo -, na Catequese desta quarta-feira, 2.

O Pontífice apontou um dos ensinamentos do santo como estrada para a verdadeira obediência:

"
Adverte-se bem, lendo o livro sobre o amor de Deus e ainda mais as outras tantas cartas de direção e de amizade espiritual, aquele conhecedor do coração humano que foi São Francisco de Sales. A Santa Giovanna di Chantal escreve: '[…]Eis a regra da nossa obediência que vos escrevo em letras maiúsculas: FAZER TUDO POR AMOR, NADA POR FORÇA - AMAR MAIS A OBEDIÊNCIA QUE TEMER A DESOBEDIÊNCIA.Deixo-vos o espírito de liberdade, não enquanto aquele que exclui a obediência, porque essa é a liberdade do mundo; mas aquele que exclui a violência, a ânsia e o escrúpulo'", recordou.

O Santo Padre também lembrou que a época atual busca a liberdade, também com violência e inquietudes. Exatamente por isso, não deve escapar a atualidade do grande mestre de espiritualidade e paz que foi São Francisco, "que entrega a seus discípulos o 'espírito de liberdade', aquela verdadeira, no cume de um ensinamento fascinante e completo sobre a realidade do amor. [...] Recorda que o homem traz inscrita no profundo de si a nostalgia de Deus e que somente n'Ele encontra a verdadeira alegria e a sua realização mais plena", afirmou o Papa.

Francisco
 de Sales viveu um drama espiritual e teve grandes dúvidas sobre a própria salvação eterna e a predestinação de Deus a seu respeito. No ápice de sua provação, dirigiu-se à igreja dos Dominicanos, em Paris, abriu o coração e rezou: "Aconteça o que acontecer, Senhor, tu que tens tudo na tua mão, e cujas vias são justiça e verdade; seja o que for que tu tenhas estabelecido para mim...; tu que és sempre justo juiz e Pai misericordioso, eu te amarei, Senhor [...], te amarei aqui, ó meu Deus, e esperarei sempre na tua misericórdia, e sempre repetirei o teu louvor... Ó, Senhor Jesus, tu serás sempre a minha esperança e a minha salvação na terra dos vivos".

"Aos vinte anos, Francisco encontrou a paz na realidade radical e libertadora do amor de Deus: amá-lo sem nunca pedir nada em troca e confiar no amor divino; não questionar mais o que fará Deus comigo: eu o amo simplesmente, independentemente de o quanto me dá ou não me dá", salientou o Pontífice.





quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

apenas uma piadinha

FÉ DE BÊBADO


O sujeito está no maior porre na porta de um boteco e, de repente aparece uma procissão.

Centenas de pessoas reunidas, carregando uma santa num andor toda decorada em verde e rosa. O cachaceiro berra:

- Olha a Mangueira aí, geeeente!

Enfezado, o padre se vira pro bêbado e esbraveja:

- Que falta de respeito, não é carnaval... seu excomungado!

Fique aí com o seu vício e nos deixe em paz com a nossa fé!

Mal o padre acabou de falar, e a santa bate com a cabeça no galho de uma mangueira, cai e se espatifa no chão.

E o bêbado:

- Eu avisei....

Mas, o padre é estressadinho!!!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Formação: Os dedos teclam o que está no coração

Na era digital estamos sedentos de ouvir Deus falar
Recentemente, um artigo publicado na edição on-line da revista Science tentou responder quantas informações há dando voltas ao mundo. O número é algo impressionante: 295 exabyte, ou seja, “315 vezes todos os grãos de areia da face da terra”, segundo os cálculos de uma agência de notícias.

Um outro dado interessante é que quase todas essas informações são frutos da era digital e estão armazenadas em servidores ou na nossa troca de informações por intermédio de aparelhos tecnológicos, como celulares, GPS's e televisores.

Duas perguntas me vieram ao pensamento: “Como contaram os grãos de areia da face da terra?” e “Para onde caminha a humanidade com tantas palavras?”.

De fato, estamos na era da informação, sendo plasmados pela cultura “high-tech”, pelo sistema “very fast” (muito rápido). Comemos rápido, andamos apressados, trabalhamos de modo ligeiro, convivemos pouco, vivemos estressados – sinta-se livre para colocar mais sinônimos.

Mas, talvez, o perigo maior não esteja na quantidade ou na velocidade da informação em si, mas na seleção das verdadeiras palavras, no discernimento do que estou recebendo, porque o receptor de todos esses “bytes” é o homem.

Em nossa cultura digital, nem tudo o que transborda é verdadeiramente uma palavra que preencha o coração do homem. Uma prova disso é que temos 5 mil "amigos" ou seguidores nos nossos perfis de redes sociais e quando deitamos a cabeça no travesseiro parece que a solidão também faz parte do nosso grupo de "followers" (seguidores). Talvez, se fizessem uma pesquisa, constatassem que o aumento de palavras (informações) no mundo também é proporcional ao aumento do vazio interior do homem, pois “[O Verbo] era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (Jo 1, 9-11)

Sim, estamos sedentos de ouvir Deus falar. No fundo do coração e de sua consciência, o ser humano quer Deus e O procura; mas “como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?” (Rom 10, 14).

Eis aqui o desafio que nos é proposto por Bento XVI: mostrar o Rosto de Cristo nesta cultura digital. Teclar o que está contido num coração conquistado por Jesus, mostrar que o pedido da humanidade ainda está contido na prece que fazemos em cada Eucaristia: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e eu serei salvo”.

Em meio a "exabytes" de vozes, guardemos "A Palavra" e fiquemos com Jesus Cristo, para que o mundo seja salvo. Basta o Verbo, o Filho de Deus, revelado a nós e transbordado por nosso intermédio para que, também, essa cultura “high-tech” sinta o suave “perfume de Cristo” (cf. II Cor 2, 15).

Esta é a profecia que devemos levar ao mundo digital, pois, se a boca fala do que está cheio o coração, os dedos teclam o que também está nele.

“Tudo isso para que procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo como que às apalpadelas, pois na verdade ele não está longe de cada um de nós” (Atos 17, 27)

Convido você para atender o apelo de Bento XVI no mundo digital. Vamos fazer uma "Revolução Jesus" na internet e ecoar a Palavra de Deus que diz "Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará" (Ef 5, 14).

Recentemente, um artigo publicado na edição on-line da revista Science tentou responder quantas informações há dando voltas ao mundo. O número é algo impressionante: 295 exabyte, ou seja, “315 vezes todos os grãos de areia da face da terra”, segundo os cálculos de uma agência de notícias.


Um outro dado interessante é que quase todas essas informações são frutos da era digital e estão armazenadas em servidores ou na nossa troca de informações por intermédio de aparelhos tecnológicos, como celulares, GPS's e televisores.

Duas perguntas me vieram ao pensamento: “Como contaram os grãos de areia da face da terra?” e “Para onde caminha a humanidade com tantas palavras?”.

De fato, estamos na era da informação, sendo plasmados pela cultura “high-tech”, pelo sistema “very fast” (muito rápido). Comemos rápido, andamos apressados, trabalhamos de modo ligeiro, convivemos pouco, vivemos estressados – sinta-se livre para colocar mais sinônimos.

Mas, talvez, o perigo maior não esteja na quantidade ou na velocidade da informação em si, mas na seleção das verdadeiras palavras, no discernimento do que estou recebendo, porque o receptor de todos esses “bytes” é o homem.

Em nossa cultura digital, nem tudo o que transborda é verdadeiramente uma palavra que preencha o coração do homem. Uma prova disso é que temos 5 mil "amigos" ou seguidores nos nossos perfis de redes sociais e quando deitamos a cabeça no travesseiro parece que a solidão também faz parte do nosso grupo de "followers" (seguidores). Talvez, se fizessem uma pesquisa, constatassem que o aumento de palavras (informações) no mundo também é proporcional ao aumento do vazio interior do homem, pois “[O Verbo] era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem. Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (Jo 1, 9-11)

Sim, estamos sedentos de ouvir Deus falar. No fundo do coração e de sua consciência, o ser humano quer Deus e O procura; mas “como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?” (Rom 10, 14).

Eis aqui o desafio que nos é proposto por Bento XVI: mostrar o Rosto de Cristo nesta cultura digital. Teclar o que está contido num coração conquistado por Jesus, mostrar que o pedido da humanidade ainda está contido na prece que fazemos em cada Eucaristia: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e eu serei salvo”.

Em meio a "exabytes" de vozes, guardemos "A Palavra" e fiquemos com Jesus Cristo, para que o mundo seja salvo. Basta o Verbo, o Filho de Deus, revelado a nós e transbordado por nosso intermédio para que, também, essa cultura “high-tech” sinta o suave “perfume de Cristo” (cf. II Cor 2, 15).

Esta é a profecia que devemos levar ao mundo digital, pois, se a boca fala do que está cheio o coração, os dedos teclam o que também está nele.

“Tudo isso para que procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo como que às apalpadelas, pois na verdade ele não está longe de cada um de nós” (Atos 17, 27)

Convido você para atender o apelo de Bento XVI no mundo digital. Vamos fazer uma "Revolução Jesus" na internet e ecoar a Palavra de Deus que diz "Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará" (Ef 5, 14).

Daniel Machado, missionário da Comunidade Canção Nova é estudanre de Psicologia, formado em Filosofia pelo Instituto Canção Nova de Filosofia e produtor do portal cancaonova.com. blog.cancaonova.com/asas twitter: @dancancaonova

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Apenas um Pensamento

Caro Amigos Leitores deste Blog;

Eu hoje me peguei preso a alguns pensamentos após mais um dia de muito trabalho, e com a graça de Deus, cumprir mais uma etapa de nossa caminhada Pastoral.

Eis alguns deles!

O homem de uma forma geral está buscando mais a Deus, por vários motivos, seja por dificuldades financeiras, de relacionamento, violência urbana, ou seja, motivo não falta. Mas será que estamos no caminho certo? ou estamos querendo pegar algum atalho, será que estamos querendo mais do que realmente merecemos, porque o nosso tempo não é, e nunca foi o de Deus, Ele sim sabe das nossas necessidades, nós! acho que não. Porque sempre queremos mais do que necessitamos, em suma, nunca estamos satisfeito com que temos na maioria das vezes, em qualquer ordem.

fazemos política dentro da nossa própria Igreja, pode reparar, nunca sentamos, desculpe, quase nunca sentamos ao lado de desconhecidos e se fizermos isto, ao final da Santa Missa, aquela pessoa continua uma desconhecida, será que a Igreja é minha ou é de todos nós ou melhor ainda é a casa de Deus aonde todos nós somos convidados a participar do seu sacrifício.

Porque somos chamados a participar de um movimento ou de uma pastoral e não aceitamos o convite, ou então, nem levamos em consideração o chamado, desculpas são inúmeras, quase sempre sem convicção, as mais famosas são: 

Pra mim não dá, já tenho compromisso

Estou estudando

Saio tarde do trabalho

Não tenho como deixar minha casa sozinha (como se ela fosse sair correndo)

E com isso não cumprimos nossa missão terrena, há me perdoe, estamos cumprindo sim, participamos das missas dominicais, de preferência pela manhã, pois assim ficamos livres, para o nosso domingo, pois já cumprimos nossa obrigação.

Porque não conseguimos refletir ao irmão o Cristo que habita em nós, no momento em que negamos ou não damos importância na necessidade de um irmão.

Deixo pros meus amigos leitores uma pequena reflexão:

VOCÊ VIVERIA A MESMA PAIXÃO QUE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO VIVEU, ATÉ SER PREGADO NA CRUZ, 


POR MIM?

Marcelo Esteves
Coordenador da Pastoral Familiar

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

formação - stress

Artigo

COMO VENCER O STRESS?

Mais que lamentar problemas, precisamos procurar soluções. As preocupações nada resolvem, pelo contrário, multiplicam os males. No lugar delas vamos cultivar as ocupações possíveis. Existe um conjunto de recursos que estão à nossa disposição para resistir e driblar o stress.

O primeiro elemento é o “quinto mandamento”, ou seja, cuidar da saúde, principalmente da saúde preventiva. Alimentação, exercício físico, lazer e espiritualidade adequada, é o caminho de resistência ao stress que costuma-se chamar de “senso de coerência”. Vem em seguida os recursos intelectuais que são formação e informação. A mídia, a escola, a educação tem a missão de explicar as causas das doenças e informar sobre os apoios institucionais disponíveis, leis e direitos, serviços médicos e policiais que estão a serviço da população.

O segundo elemento é cuidado com nossas emoções, a começar pela auto-estima e a capacidade de dar e receber afeto. Nada melhor para a cura e equilíbrio emocional que o perdão e a reconciliação. Ambos tem alto poder terapêutico e harmonizam nossos relacionamentos. No mundo em que vivemos não podemos ser escravos de nossas raivas, nem depósito de negativismos. Perdoar é compreender, é dar chance para quem nos ofendeu, mudar e melhorar. O perdão tem poder de recriar emoções positivas e anular as negativas.

O terceiro elemento é a amizade. Sem a apreciação dos outros, nossos talentos não desabrocham. Todos precisamos ser conhecidos, acolhidos, notados, valorizados, estimados, apreciados. Amizade é fé e confiança em alguém, é entrega prazerosa. Na amizade podemos ser nós mesmos. O resultado da amizade é o autoconhecimento e o crescimento das duas pessoas. Quando falamos em amizade pensamos em seus desdobramentos no casamento, na família, nas associações grupais, na pertença eclesial e esportiva. A amizade, enquanto confiança no outro, é um caminho de encontro com a verdade e uma experiência da descoberta do amor de Deus. Quem crê no amor de Deus dificilmente cairá no stress, a não ser que, não observe o mínimo das exigências humanas da vida. A força da amizade está em compartilhar idéias, escolhas, interesses. A amizade vale mais que o parentesco pela força da afeição e da benevolência. Só existe amizade entre pessoas de bem. Sem virtude não há amizade. O que percebemos é que pela força da amizade os ausentes estão presentes, os indigentes são ricos, os fracos são cheios de força, os mortos estão vivos na memória. Amizade é remédio contra o stress.

O quarto elemento é a convicção religiosa e cultural pelo caráter convival e socializante de ambas e porque conferem sentido à vida, abrem horizontes de esperança, oferecem respostas conviventes, facilitam o encontro com a transcendência. Tudo se torna possível ao que crê e a fé é uma força, um poder extraordinário de vitória sobre o mal. A religiosidade autêntica impele a pessoa ao altruísmo, ao voluntariado, a doação de si. Este é um dos caminhos mais seguros para felicidade e a iluminação interior.

Um quinto elemento anti-stress é o lazer. Passeio, relax, música, exercício físico, hobby prazeroso, dança, contato com a natureza. O lazer, as férias, o descanso são um ato de respeito e de justiça para conosco mesmos, um direito conquistado. A ambição, a idolatria do ter nos fazem correr atrás de ilusões. Deixamos a família, a Igreja, as amizades, o lazer e quando nos apercebemos o stress, a depressão, o infarto nos adotam como suas vítimas. É o resultado do consumismo que não respeita nem lei natural, nem a lei divina.

Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina

Matéria publicada no site da Pastoral Familiar - CNBB

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Seja Bem vindo Pe. Eric Araujo

Que Jesus Cristo possa Abençoá-lo nesta nova etapa em sua vida Sacerdotal





Agradecimento ao Pe. João Ednalvo

        Caro amigos leitores deste blog, uso esse espaço para agradecer publicamente ao Padre João Ednalvo, por nos der dado a oportunidade de trabalharmos, nesta tão bela Pastoral Familiar, aprendemos muito neste periodo, com as visitas, com a unidade da Pastoral, com o dia a dia de nossas familias, dividimos as alegrias e tristezas de  cada um, e com isso nos tornamos uma verdadeira familia.

       Aproveitamos também, para parabeniza-lo por mais um ano de vida sacerdotal, que Nosso Senhor Jesus Cristo possa cada vez mais abençoá-lo em sua caminhada.




Conte sempre conosco  
                                                             Pastoral Familiar

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Comissão médica aprova milagre de João Paulo II, diz imprensa italiana


Médicos avaliaram que cura de freira com Mal de Parkinson foi 'inexplicável'. Beatificação do pontífice, falecido em 2005, avança significativamente

O papa João Paulo II durante visita ao Rio, em 1997

A Comissão Médica consultada pelo Vaticano aprovou um milagre atribuído a João Paulo II, de modo que a causa de beatificação do pontífice polonês, falecido em 2005, avança significativamente, indicaram nesta terça-feira (4) meios de comunicação italianos. Segundo Il Giornale e a agência de notícias religiosas I.media, a comissão liderada pelo médico particular de Bento XVI, Patrizio Polisca, aprovou o milagre apresentado. Os médicos e teólogos consultados pela Congregação para as Causas dos Santos, reunidos no mais estrito sigilo, estimaram que a cura da freira francesa Marie Simon-Pierre, que sofria de Mal de Parkinson, foi "imediata e inexplicável". A freira francesa, que era enfermeira, curou-se inexplicavelmente após suas orações e pedidos a João Paulo II poucos meses depois de sua morte, em abril de 2005. A aprovação dos especialistas deverá ser ratificada por uma comissão de cardeais e bispos da Congregação para a Causa dos Santos. Tratam-se de dois passos importantes para a beatificação de João Paulo II, que, segundo as mesmas fontes, pode ocorrer em 2011. Muitos milagres foram atribuídos a João Paulo II, vítima das consequências do Mal de Parkinson. A beatificação é o primeiro passo no caminho para a canonização, que exige a prova de intercessão em dois milagres. No dia 19 de dezembro de 2009, o Papa Bento XVI aprovou as "virtudes heroicas" do papa polonês Karol Wojtyla - João Paulo II- venerado já em vida. Com elas, iniciou-se a investigação do "milagre" atribuído, que deve ser examinado por várias comissões. O processo de beatificação de João Paulo II foi iniciado por Bento XVI dois meses após a morte, no dia 2 de abril de 2005, de seu predecessor, um prazo excepcionalmente curto. Durante o funeral de João Paulo II na Praça de São Pedro, em Roma, milhares de fiéis gritavam em italiano "Santo Subito", pedindo que João Paulo II fosse proclamado santo imediatamente
Da France Presse

Formação - Um olhar de otimismo para o futuro

Deixemos que o Senhor da nossa história nos atinja com o Seu olhar


"O Senhor se inclina lá dos céus sobre os homens, para ver se existe um homem de bom senso, alguém que procure a Deus (Sl 14, 2)". O Verbo de Deus feito Carne, Nosso Senhor Jesus Cristo, tem sobre as pessoas um olhar feito de profundidade, conhecimento, acolhida e misericórdia. Tendo o Senhor garantido Sua presença conosco até o fim dos tempos, todos os dias ele repete e renova Sua presença amorosa, que lança luz sobre os acontecimentos e sobre o desenrolar de nossos dias. Chegar ao limiar de um novo ano é oportunidade privilegiada para confrontar com o olhar de Jesus os passos dados e projetar o futuro.
Três olhares de Jesus provocam nossa reflexão. O primeiro deles foi dirigido ao jovem rico do Evangelho (cf. Mc 10, 21), sem dúvida, uma pessoa bem comportada. Terá cumprido bem todas as suas obrigações, terminando cada período da vida com as contas pagas, uma pessoa de bem, tanto que Jesus, fitando-o com amor, pediu-lhe o passo da radicalidade, seguimento estrito, no qual Deus é posto em primeiro lugar. O moço abaixou a cabeça e foi-se embora, porque era muito rico.
O segundo olhar é para Judas, o traidor. Tendo abandonado a Ceia, tudo se fez noite (cf. Jo 13, 30)! O Jesus preso no horto, traído por um beijo, preso nos pátios do Sinédrio e do Palácio de Pilatos, viu e foi visto por Judas (cf. Mt 27, 3-9; Lc 22 47-53). O olhar de amor resultou em desespero, pois a luz se fez e o amigo de antes não conseguiu dar o passo de confiança na misericórdia infinita! Recebeu muito, comprometeu-se à custa de um dinheiro sujo, corrompeu-se e não conseguiu voltar atrás.
A terceira figura, não menos pecadora, é nosso amigo Simão Pedro. Negou conhecer seu Senhor, encontrou também o olhar de Jesus e chorou amargamente. Não sabemos medir se foi maior o pecado de Pedro ou de Judas. O que sabemos é que um deles se isolou no desespero e o outro, banhado nas lágrimas, refugiou-se na comunidade dos discípulos. Medroso que era, precisou, depois da Ressurreição de Cristo, da ajuda de Maria Madalena e de João. O que negara tão vergonhosamente veio a ser testemunha qualificada do Ressuscitado!
Ao terminar o ano de 2010, deixemos que o Senhor da história nos atinja com Seu olhar de amor. Quem cumpriu todos os seus deveres não se encha de orgulho, mas encontre novo apelo à perfeição que vem de Deus. Dê graças a Deus, fonte de todo o bem! Há muito mais por fazer, há generosidade plantada do coração e pronta a florescer. Há um forte convite à partilha, há irmãos e irmãs que sofrem e gritam por maior generosidade.
Com a passagem de ano, haja em nós a ação de graças. É digno saber agradecer e ver o bem que foi feito pelos outros e por nós. Um sadio olhar de otimismo faz bem para o corpo e para a alma. Se identificamos os erros cometidos, acreditar no perdão, chorar, sim, os pecados cometidos, lavá-los na graça do Sacramento da Reconciliação e recomeçar.
O ano novo já é feliz, porque existimos e porque não estamos sós neste mundo.
Foto Dom Alberto Taveira Corrêa
                                Arcebispo de Belém - PA
Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.