quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Palavra do Dom Roberto - Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Niterói



O que tem faltado por vezes na implantação e execução de um Plano Pastoral é descobrir nele uma profunda dimensão espiritual que nos conduz e eleva a Deus. De veras o planejamento pastoral pode assemelhar-se na forma externa do plano de marketing ou até do planejamento estratégico ou participativo, porém a sua alma e coração, é total e radicalmente diferente.
Em primeiro lugar um Plano de Pastoral não se mede por resultados materiais ou indicadores de sucesso mas pela fidelidade e inspiração na caridade pastoral de Jesus o Salvador. A intenção e objetivo último de um Plano de Pastoral é viver a Igreja como uma verdadeira Assembleia Templo do Espírito Santo que deve refletir a pericorese trinitária; o amor que une as três pessoas da Trindade Santa na comunhão e na missão. Ainda o Plano Pastoral busca atualizar e dinamizar a ação salvadora de Cristo na sua Igreja para reconciliar, restaurar e libertar a humanidade, assumindo nas suas prioridades a melhor forma de mediar e operacionalizar esta presença da graça divina nos diversos ambientes.
Por isso o Plano Pastoral deve ser interiorizado, meditado e rezado para não cair em deformações tecno-burocráticas ou ainda no pelagianismo voluntarista daqueles que excluem da prática pastoral o principal agente da evangelização: O Espírito Santo. Esquecer a mística cristã no planejamento pastoral é condenar o Plano Pastoral ao arquivamento precoce e a inoquidade da "Papelorum Progressio"; pelo contrário devemos vivenciar e aplicar o Plano Pastoral como resultante do discernimento espiritual e profético do reconhecimento da vontade de Deus na nossa história e como resposta do munús e função régia de todo povo de Deus, de recapitular e reordenar todas as coisas no amor e na misericórdia de Cristo o Bom Pastor.      

+ Dom Roberto Francisco Ferrería Paz
Bispo Auxiliar de Niterói

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