Caros Amigos Leitos deste Blog, prestem atenção a este chamado:
Em 2005 a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) instituiu a Semana Nacional de Defesa da Vida, de 1 a 7 de outubro e 8 o Dia do Nascituro – que é aquele ser humano que está no ventre materno antes que a Mãe lhe dê à luz. Este possui o direito de ser respeitado na sua integridade. Tem dignidade como a de qualquer pessoa já nascida.
Nesse período, as comunidades (Dioceses, Paróquias, Capelas) são convidadas a desenvolver várias atividades em favor da vida. Segundo Dom Orlando Brandes, “a Declaração sobre Exigências Éticas em Defesa da Vida, fruto da Assembléia Geral (2005), conclama toda Igreja a refletir, em profundidade, através de celebrações, cursos, encontros e seminários sobre temas de bioética, e a se manifestar, sempre que necessário, sobre o valor da vida em todas as suas dimensões”.
O padre Luiz Antonio Bento, assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da CNBB, considera a Semana Nacional da Viva “uma ocasião especial para colocar em evidência o valor e a beleza desse Dom precioso que de Deus recebemos. De modo especial para salientar o valor sagrado da vida humana e da sua dignidade, sem nos esquecermos de todas as demais dimensões que esta abrange. Diante de tantas ameaças que atualmente a vida vem sofrendo é nossa missão reafirmar sua importância inestimável.
Ela é o fundamento sobre o qual se apoiam todos os demais valores.”
Ao comentar o tema deste ano “Vida, Ecologia Humana e Meio Ambiente”, padre Bento cita a carta encíclica do Papa João Paulo II, Centesimus Annus, nos números 38 e 39, quando fala da necessidade de uma ecologia humana. “Nós demoramos 200 anos para entender que não é possível utilizar todo o poder técnico de que dispomos para depredar a natureza, porque a natureza tem a sua própria finalidade, que deve ser respeitada.
Respeitar as águas dos rios, as florestas, as espécies animais, o ar, é fundamental. Do mesmo modo, nós devemos entender que é necessário respeitar limites quando se trata da existência humana. A ecologia humana significa uma atenção para preservar a dignidade. Para preservar especificamente o humano do homem. Para que o homem não vire um animal, onde se devora um ao outro.”
Bento XVI na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2007, recordou que “a destruição do meio ambiente, um uso impróprio ou egoísta do mesmo e a apropriação violenta dos recursos da terra... são fruto de um conceito desumano de desenvolvimento. Com efeito, um desenvolvimento que se limitasse ao aspecto técnico-econômico, esquecendo a dimensão moral-religiosa, não seria um desenvolvimento humano integral e terminaria, ao ser unilateral, por incentivar as capacidades destruidoras do homem" (n. 9).
Ao enfrentar os desafios apresentados pela tutela do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável, somos chamados a promover e a "salvaguardar as condições morais para uma autêntica “ecologia humana” (Centesimus annus, 38). Isto, por sua vez, exige um relacionamento responsável não somente com a criação, mas inclusive com o nosso próximo, de perto e de longe, no espaço e no tempo, mas também com o Criador.
Portanto, a fé e a criatividade nos façam intrépidos defensores e promotores da vida, especialmente humana desde a sua concepção até o declínio natural.
Pela vida, sempre!
Marcelo Esteves
Pastoral Familiar