sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Meditaçâo de Maria - Prof. Felipe Aquino

             A meditação e intercessão de Nossa Senhora por nós, diante de Deus, não é uma meditação "substitutiva" ou "paralela" à Jesus, mas, ao contrario, acontece com base na única meditação de Cristo, homem e Deus, Sumo Pontificie (ponte) entre Deus e os homens. Sem esta, todas as outras mediações não teriam eficácia. É uma mediação cooperadora, subordinada. Jesus não quis salvar o mundo sozinho, Ele quis e quer a nossa ajuda e cooperação, tanto em termos de trabalho como de oração; especialmente de sua Mãe. O Concilio Vaticano II, na lúmen gentio, explica-nos bem como é a mediação de Nossa Senhora diante de Deus. "A maternidade de Maria na dispensação da graça perdura initerruptamente a partir do consentimento que ela fielmente prestou na Anunciação, que sob a Cruz ela resolutamente manteve, e manterá até a perpétua consumação dos eleitos. Assumida aos céus, não abandonou esta salvífica função, mas por sua multíplice intercessão continua a granjear-nos os dons da Salvação Eterna. Por seu maternal amor cuida dos irmãos do seu filho que ainda peregrinam rodeados de perigos e dificuldades, até que sejam conduzidos à feliz pátria".

             "Por isso a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de Advogada, Auxiliadora, Protetora, Medianeira, isto, pórem, se entende de tal modo que nada derroque, nada acrescente à dignidade e eficácia de Cristo, o único Mediador".

               "Com efeito; nenhuma criatura jamais pode ser colocada no mesmo plano com o Verbo Encarnado e Redentor. Mas, como o sacerdócio de Cristo é participado de vários modos, seja pelos ministros, seja pelo povo fiel, e como a indivisa bondade de Deus é realmente difundida nas criaturas de maneiras diversas, assim também a única mediação do Redentor não exclui, mas suscita nas criaturas cooperação diversas, que participam de uma única fonte". E continua: "A Igreja não hesita em proclamar essa função subordinada de Maria. Pois sempre  de novo experimenta e recomenda-se ao coração dos fiéis para que, encorajados por esta maternal proteção, mais intimamente deem sua adesão ao Mediador e Salvador" (LG, nº62). O Papa Paulo VI, em sua Exortação Apostólica  Signum Magnum  nº 1, escreveu: "A Virgem continua agora no céu a exercer a sua função materna, cooperando para o nascimento e o desenvolvimento da vida divina em cada uma das almas dos homens redimidos. É esta uma verdade muito reconfortante, que, por livre disposição de Deus sapientissimo, faz parte do mistério da salvação dos homens; por conseguinte, deve ser objeto da fé de todos os Cristãos".

                Desde os primeiros séculos os cristãos que enfrentavam o martirio já se recomendavam a Nossa Senhora, rezando:"Debaixo da vossa proteção nos refugiamos, ó Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, virgem gloriosa e bendita". 

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